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A história original da Black Friday

A origem da Black Friday remonta aos Estados Unidos e está ligada ao período pós-Dia de Ação de Graças (Thanksgiving), celebrado na quarta quinta-feira de novembro. Tradicionalmente, o dia seguinte marcava o início da temporada de compras de Natal, quando os comerciantes ofereciam grandes descontos para atrair consumidores.

O termo “Black Friday”

começou a ser usado na década de 1960, na cidade de Filadélfia. Na época, a polícia local utilizava a expressão para descrever o caos que se instalava nas ruas após o feriado, quando multidões de compradores e turistas invadiam o centro da cidade, causando engarrafamentos e confusão. Com o tempo, o termo ganhou uma conotação mais positiva, sendo adotado pelo comércio para designar um dia de grandes promoções e lucros.

Outra explicação popular

associa o nome “Black Friday” à contabilidade. Durante o ano, muitas lojas operavam “no vermelho” (com prejuízo), e o aumento das vendas após o Dia de Ação de Graças fazia com que os balanços passassem “para o preto” (com lucro). Essa interpretação ajudou a consolidar o termo como símbolo de prosperidade e sucesso comercial.

A partir dos anos 1980,

a Black Friday tornou-se um evento nacional nos Estados Unidos, com filas nas portas das lojas e campanhas publicitárias massivas. Com o avanço da internet e do comércio eletrónico, o fenómeno expandiu-se globalmente, dando origem também à Cyber Monday — uma extensão das promoções focada nas compras online.

Hoje, a Black Friday é

um dos maiores eventos de consumo do mundo, movimentando centenas de milhares de milhões de dólares e marcando o início oficial da época natalícia em dezenas de países. O que começou como um simples dia de liquidações transformou-se num fenómeno cultural e económico de escala global.

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Circula há alguns anos um mito na internet que associa a origem da Black Friday à venda de escravos nos Estados Unidos

alegando que comerciantes ofereciam “descontos” em pessoas escravizadas após o Dia de Ação de Graças. No entanto, não existe qualquer registo histórico, documento ou fonte confiável que comprove essa versão.

A origem real do termo “Black Friday” está ligada, como se sabe, ao comércio e ao trânsito intenso nas cidades norte-americanas após o feriado de Ação de Graças, especialmente em Filadélfia, nos anos 1950 e 1960. O nome foi adotado pelos lojistas e acabou ganhando um significado positivo, associado ao aumento das vendas e ao lucro — quando as contas passavam do “vermelho” (prejuízo) para o “preto” (lucro).

Portanto, a suposta ligação entre a Black Friday e o comércio de escravos é uma teoria falsa, sem base histórica ou documental.