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Suspeitos de choque fatal com narcolancha constituídos arguidos e libertados: GNR identifica dois homens ligados à morte de militar no Guadiana

PORTUGAL

Ana Cardoso

10/29/20252 min read

As autoridades portuguesas identificaram e constituíram arguidos dois suspeitos envolvidos no abalroamento de uma lancha da Guarda Nacional Republicana (GNR) no rio Guadiana, que resultou na morte de um militar da Unidade de Controlo Costeiro. O incidente, ocorrido na madrugada de domingo, está a ser investigado como homicídio qualificado e tráfico de droga.

De acordo com informações confirmadas pela GNR e pelo Ministério Público, os dois homens, de nacionalidade espanhola, foram detidos na sequência de uma operação conjunta entre a GNR e a Guardia Civil espanhola. Após serem ouvidos pelo juiz de instrução criminal, foram libertados sob termo de identidade e residência, permanecendo sob investigação.

O acidente ocorreu durante uma operação de combate ao narcotráfico na zona de Alcoutim, quando uma embarcação suspeita — uma narcolancha de alta velocidade — colidiu intencionalmente com a lancha da GNR. O impacto provocou o capotamento da embarcação das autoridades, causando a morte de um militar e ferimentos em dois outros elementos da força.

Fontes próximas da investigação indicam que os suspeitos terão fugido para território espanhol logo após o incidente, sendo localizados horas depois na região de Huelva. As autoridades espanholas apreenderam a embarcação utilizada na fuga, bem como vários bidões de combustível e equipamentos de navegação.

O Comando-Geral da GNR lamentou a perda do militar e destacou “a coragem e o profissionalismo das equipas envolvidas na operação”, sublinhando que “a luta contra o narcotráfico nas águas do Guadiana continuará com determinação e reforço de meios”.

O Ministério Público confirmou que o processo se encontra em fase de inquérito e que estão a ser recolhidas provas periciais, incluindo análises à lancha apreendida e aos vestígios recolhidos no local do abalroamento.

A morte do militar da GNR gerou forte comoção entre colegas e autoridades. O Governo português manifestou condolências à família e anunciou a intenção de reforçar a cooperação transfronteiriça com Espanha no combate ao tráfico de droga e à criminalidade organizada na zona do Algarve e Andaluzia.

As investigações prosseguem sob coordenação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro, em articulação com a Polícia Judiciária e as autoridades espanholas.